quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Carne da minha carne

Que reencarnação, que nada! Nós, humanos, guardamos informações culturais genéticas de nossas tribos de origem. São informações tão precisas que, no primeiro encontro com um bom número desses genes num só indivíduo, somos capazes de demonstrar imediata empatia. Sim, simpatizo mais com os meus próprios. Num mundaréu de pessoas, continuo vetando os inimigos de meus ancestrais, só de olhar a cor da pele, o cabelo, os olhos, o dedo mindinho, etc. Destruo o outro que descende do inimigo de meus bisavôs, aprovo as tribos vizinhas com quem vez por outra nos casávamos, partilhávamos conhecimento, plantávamos e colhíamos. E é assim que a sociedade continua se organizando, exatamente como no tempo das cavernas.

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