Dili, 29 de novembro de 2009.
Mais uma vez, descobrindo a roda. Difícil falar sobre algo que não se entende. Segundo Erivelto, no Timor, vivemos 5 anos em apenas 1. Ontem foi o meu melhor dia aqui, não sei, acho que me senti em equilíbrio com o ambiente, me acostumei um pouco com a presença dos outros. Tô aprendendo que fugir da hostilidade gera a estagnação, ou não, mas vou descobrir. Muito romântico esse blog. Leia outras coisas pra não ficar bitolado!
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O Solitário
O Solitário
Como alguém que por mares desconhecidos viajou,
assim sou eu entre os que nunca deixaram a sua pátria;
os dias cheios estão sobre as suas mesas
mas para mim a distância é puro sonho.
Penetra profundamente no meu rosto um mundo,
tão desabitado talvez como uma lua;
mas eles não deixam um único pensamento só,
e todas as suas palavras são habitadas.
As coisas que de longe trouxe comigo
parecem muito raras, comparadas com as suas —:
na sua vasta pátria são feras,
aqui sustém a respiração, por vergonha.
Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira
Como alguém que por mares desconhecidos viajou,
assim sou eu entre os que nunca deixaram a sua pátria;
os dias cheios estão sobre as suas mesas
mas para mim a distância é puro sonho.
Penetra profundamente no meu rosto um mundo,
tão desabitado talvez como uma lua;
mas eles não deixam um único pensamento só,
e todas as suas palavras são habitadas.
As coisas que de longe trouxe comigo
parecem muito raras, comparadas com as suas —:
na sua vasta pátria são feras,
aqui sustém a respiração, por vergonha.
Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira
terça-feira, 24 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Devaneios em uma manhã timorense
Bom dia, Boa tarde ou Boa noite!
Estar no Timor é muito mais que uma simples experiência. É estar no escuro ou mesmo numa ilha perdida no Pacífico. Tenho dificuldades de expressar o redemoinho de idéias que subjazem neste que, para os que estão em casa, é um mistério. Estamos na Matrix, estamos no Lost, estamos numa missão internacional. E o engraçado da vida é descobrir que nada é ficção. Estive como Macunaíma em sua chegada a cidade de São Paulo, estou pesando o detalhe. Vem vindo ligeiro o mundo que desconhecia, que simplesmente ignorava, a Máquina do Mundo. Estou como Drummond arrependida de dizer que meu coração é maior que o mundo. Não, não é.
Estar no Timor é muito mais que uma simples experiência. É estar no escuro ou mesmo numa ilha perdida no Pacífico. Tenho dificuldades de expressar o redemoinho de idéias que subjazem neste que, para os que estão em casa, é um mistério. Estamos na Matrix, estamos no Lost, estamos numa missão internacional. E o engraçado da vida é descobrir que nada é ficção. Estive como Macunaíma em sua chegada a cidade de São Paulo, estou pesando o detalhe. Vem vindo ligeiro o mundo que desconhecia, que simplesmente ignorava, a Máquina do Mundo. Estou como Drummond arrependida de dizer que meu coração é maior que o mundo. Não, não é.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Bem-vindos ao Timor Leste
Bom dia, boa tarde ou boa noite! Inicio hoje minhas ativades no blog. Chamo-me Gladcya, sou brasileira, cearense, fortalezense. Desde o dia 25 de outubro de 2009, iniciei minha grande jornada rumo ao Timor.
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