sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Efemeridade

Acordo, dor de cabeça, tomo um banho, faço o café, vômito. Não estou bem. Sento na cama, sopra um vento seco da porta, sinto um tremor no corpo, preciso ir ao banheiro, já não consigo. Encontro o chão. Escuto vozes, mexer-me é impossível. Passa o momento. “Eu te amo!”, brota uma lágrima. Sonho ruim. Não estou em casa. Vieram me ver, muito tempo numa mesa, mais uma pontada. "Que dor, que fundo!”. Agora sem sensação, melhor assim. De novo uma mão me segura, mais vômito, é encarnado. Mais dor, respiro fraco, tubo na garganta. Vazio... Sinto frio, mexo os pés, melhor sair. De novo convulsão, para o coração, correria. Aceno pra criança de cima de uma nuvem.